Primeiros povoados
São José do Vale do
Rio Preto, Rio de Janeiro
Histórico
Os primeiros povoados da região do Rio Preto foram
constituídos pelas famílias mineiras que atravessavam o Rio Paraíba do Sul em
busca de novas terras para a agricultura, depois da queda da atividade de
mineração. Também vieram os plantadores de café, trazendo a experiência do
plantio realizado em outras regiões da província. Completaria este quadro a
presença de colonos portugueses e, a seguir, de italianos. No início do século
XIX, D. João VI distribuiu sesmarias e incentivou o plantio de café, que veio a
se constituir na nova riqueza nacional. Na província do Rio de Janeiro, a
cultura do café produziu os seus primeiros efeitos com a criação das grandes
fazendas e o surgimento dos barões do café. Em São José, podemos citar como
exemplos dessa nobreza latifundiária os Barões de Águas Claras e de Bemposta.
São José deve à cafeicultura a construção das grandes sedes
de fazendas, tais como as das Fazendas do Calçado Grande, Nossa Senhora do
Belém, Sossego e Águas Claras. A lavoura do café aumentou, consideravelmente, o
emprego da mão-de-obra escrava, que muito contribuiu, com seu trabalho, para a
efetivação de um novo ciclo de desenvolvimento no Vale do Paraíba.
O ciclo do café começou a desmoronar-se com o esgotamento do
solo, a libertação dos escravos e a queda internacional do preço do produto, de
1888 a 1929. A crise que se seguiu à derrocada do café fez com que a região do
Rio Preto, a exemplo de outras, sofresse um período de retrocesso econômico.
Casas comerciais fecharam, o que afetou diretamente o crédito agrícola, os
trilhos da via férrea foram retirados, as grandes fazendas foram despovoadas e
a política dominante dos proprietários de terras entrou em declínio.
Muitas famílias venderam os seus bens e foram para outras
regiões. Um novo ciclo econômico foi paulatinamente se instalando em São José
do Rio Preto através da avicultura, que trouxe de volta o desenvolvimento. O
ciclo da avicultura harmonizou-se com a agricultura, com o fornecimento de
adubo para a lavoura. A olericultura tomou grande vulto na economia riopretana.
De 1950 a 1960, no auge da avicultura, São José do Rio Preto foi considerado o
maior centro avícola da América do Sul. Começaram, nesta época, a surgir novos
loteamentos, comércios, colégios, hospitais etc., trazendo crescimento e progresso.
O imenso território da freguesia de São José do Rio Preto, que já era um
desmembramento da antiga freguesia de Inhomirim, sofreu vários desmembramentos,
como a freguesia de Cebolas e o curato de Matosinho, em 1839, a freguesia de
Nossa Senhora Aparecida, em 1842, a freguesia de São Pedro de Alcântara, em
1846 (origem do município de Petrópolis) e, finalmente, a freguesia de Nossa
Senhora da Conceição de Bemposta, em 1855.
A futura cidade de Petrópolis, bem como a área que formou o
seu município na bacia do Rio Piabanha, constituía um curato daquela freguesia
e obedecia administrativamente às autoridades de São José do Rio Preto. Em
1833, a povoação de Paraíba do Sul recebe o predicamento de vila, compreendendo
São José do Rio Preto. Em 1857, foi conferida à colônia de Petrópolis os foros
de cidade. Porém, não lhe coube o território de São José do Rio Preto, que se
conservou, então, ainda dependente da administração de Paraíba do Sul. Em 1892,
entretanto, a freguesia de São José do Rio Preto foi incorporada a Petrópolis
como seu 5º Distrito, conseguindo sua emancipação somente em 1987, quando
surgiu o município de São José do Vale do Rio Preto.
Fonte: IBGE

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